Thursday 18 March 2010

O PODER DA IMAGEM

Seleccionei uma imagem do fotojornalista Sung Nam-Hun no site World Press Foto no âmbito da disciplina de CLC. Escolhi esta imagem entre tantas outras. No inicio sem qualquer razão aparente pois não conhecia a origem desta cara desconhecida, pertencente a uma adepta de um culto budista nas maiores montanhas do mundo, na cordilheira dos Himalaias. Esta imagem tocou-me ao nível do subconsciente, pois a sua escolha não exigiu qualquer raciocínio lógico, metaforicamente falando foi ela que me escolheu a mim. Mesmo que nunca tenha estado no Tibete, já tive o privilégio de estar bastante perto dos Himalaias e da população que lá habita, sinto grande afinidade pelo povo e fantasio de certa forma com a sua maneira de viver, quase que desprovida de Ego num mundo em que o que interessa somos Nós.
Nesta imagem, escolhida ao acaso, ou não, o que me toca não é tanto o contexto em que é inserida, é mais o olhar desta rapariga que atravessou meio mundo chegando até mim, e como chegou até mim, apelando à minha consciência e à minha memória, sem que ela algum dia se aperceba que alguém, que nunca viu, esteve a escrever sobre ela num computador, que nunca tocou, numa sociedade que muito provavelmente desconhece.


O desenvolvimento das tecnologias visuais, como é o caso da fotografia e da televisão, inserida num mundo cada vez mais globalizado, expande-se intensamente, ocupando muitas vezes o lugar da escrita e do jornalismo, infelizmente menosprezados pela nossa sociedade, que cada vez mais se gere pelo lema de que “uma imagem vale mais que mil palavras”.
Hoje em dia as notícias reportadas pelos jornais não são levadas tanto a sério ou não causam tanto impacto como uma notícia que passa na televisão acompanhada de imagens, e que repetidamente volta a passar na televisão. O antigo boca-a-boca da população, que espalhava noticias quase que intuitivamente, de uma cidade para a outra, num sistema por vezes semelhante ao jogo do telefone estragado, hoje em dia foi substituído pela expressão do “só acredito quando vir”. Esta mudança rápida e sem precedentes, a meu ver já não têm volta a dar, caminhamos agora para uma nova Era, em que estamos informados quase ao segundo sobre tudo, encurtando assim as distâncias entre todos. O impacto das imagens a nível emocional é muito superior ao impacto da leitura de um texto, mesmo que por vezes este seja mais pormenorizado. O ser humano tem curiosidade, e cada vez mais tem o gosto em sentir essas emoções, mesmo que por vezes sejam negativas, o que acontece na maior parte dos casos.

O QUE FAZER NAS FÉRIAS

Durante o decorrer das minhas próximas férias eu estou a planear fazer um interrail, com quatro amigos, apenas com o essencial, uma mala às costas, algum dinheiro de reserva, saúde e muito espírito de aventura. O meu interrail é uma viagem sem um destino. É pela Europa, e só vamos onde mais queremos ir, não temos tempo para visitar todos os países, portanto vamos tentar ir aos que mais curiosidade nos despertou e de certa forma aproveitar ao máximo cada dia.



De certa forma fiquei surpreendido pelo valor da viagem, por alguma razão tinha ideia de ser uma excentricidade, mas conseguimos arranjar um passe de interrail valido por um mês em todos os países da Europa, por quatrocentos euros, a meu ver não é muito, tendo em conta que um bilhete de avião é por norma mais, e só visitamos um pais, aqui temos a oportunidade de usufruir de um leque variado de países e ainda diferentes culturas, quer gastronómicas como fisionómicas. Quanto a estadia estou sinceramente a contar com a hospitalidade das pessoas que possivelmente virei a conhecer, mas claro não dispenso o conforto de um hotel, de preferência de cinco estrelas, e na Eslováquia, que certamente não será muito caro.

Sempre quis viajar com amigos e o interrail é sem duvida uma forma eficaz e pouco dispendiosa de o fazer, a diversão é sempre garantida. Vai ser giro.



Para quem estiver interessado em fazer o mesmo, pode fazer no site da CP



Wednesday 16 December 2009

MUSEU GUGGENHEIM BILBAO

As exposições no museu Guggenheim em Bilbao contêm principalmente trabalhos realizados no seculo XX, portanto a maior parte são obras contemporâneas, sendo as obras pictóricas tradicionais e as esculturas uma parte minoritária quando comparado com outros museus. Muitos consideram o edifício mais importante do que as obras que fazem parte da sua coleção.

O site do museu é muito completo, e oferece um leque de informações actualizadas, e muito bem estruturadas, estando, no seu conteudo, e bem destacado, um link que possibilita ao visitante, fazer uma visita virtual do museu.

O site possibilita ainda uma visualizaçao em três linguas diferentes: Lingua Basca, inglês, e francês. Para conhecer o site do Museu, clicar AQUI




Wednesday 9 December 2009

PATRIMÓNIO E MEMÓRIA

Para o trabalho Património e Memória escolhi como tema a Ilha do Farol.
É uma antiga pitoresca aldeia de pescadores de atum, situada a sensivelmente três kilometros de Olhão, uma cidade do distrito do Algarve . Na actualidade as casas dos pescadores misturam-se com as cabanas de praia dos veraneantes e é acessível apenas por barco.
Foi no verão passado, em meados de Julho, que estive na ilha do farol, a cerca de dois quilómetros da cidade de Olhão, no Algarve. Passei quinze agradáveis dias num espaço ínfimo, e quase sempre com as mesmas pessoas. Devido à sua pequena dimensão, o grupo de pessoas que nela se encontravam era muito reduzido e bastante restrito, pois poucos conseguiam casa naquele pequeno território.
Tudo na Ilha, exceptuando as belas praias e paisagens, era rústico e algo desmazelado. A mão do homem nesse lugar era reduzida, poucas casas, um farol, um bar, dois restaurantes de pescadores e pouco mais, não contando com os caminhos em pedra que ligavam as pequenas ruas de casas pouco ordenadas.
Existe uma beleza natural, calma e imutável naquela ilha. Dou comigo por vezes a ruminar com nostalgia os momentos que lá passei e depois penso quando vou regressar? Lembro as pedras à beira mar, a areia branca, fina e perfeita, o mar meigo e transparente, permitindo ver desde o mais pequeno peixe, ao mais colorido coral, as noites são sombrias, e portanto convidativas a olhar para o céu iluminado pelas estrelas, desde as mais próximas ás mais longínquas, intercalado apenas, pela rítmica luz do farol.
Alguns podem pensar banal, ou piroso o meu afecto pelo lugar, podem dizer que não é relevante ou que é desprovido de interesse, mas de fato deixou uma marca em mim. Nem que seja apenas pela satisfação de eu saber que existem pequenos paraísos aqui tão perto. O meu país é bonito, digo isto com certeza pois conheço-o bem, e sei que muita gente não lhe confere o devido valor, como eu já o fiz, agora penso de maneira diferente e foi desta forma que esse lugar me influenciou.